Teoria da Complexidade

segunda-feira, 5 de abril de 2010 10:16 Postado por O BATER DE ASAS
Apud Ferreira, Kátia: “Tudo é mais do que os olhos podem ver”.


Teoria da Complexidade: Uma nova visão de mundo para a estratégia


• O que podemos tirar de lição da tão conhecida Teoria do Caos?

Que há necessidade de que uma organização crie, renove, e tenha sempre a capacidade de mudar.

• Como mudar?

1º Dar mais atenção a detalhes
2º Interpretar o passado.
3º Saber que a parte está no todo e o todo está na parte.

Complexidade se relaciona também com Investimentos assim como a Teoria do Caos.
É o que poderão descobrir, lendo, o artigo abaixo publicado pela revista Infomoney (MAI/JUN 2009) apud Parddal.

BORBOLETAS NO MERCADO


Curiosamente, a primeira experiência marcante sobre a teoria do caos de que se tem notícia foi fruto do acaso, realizada em 1961 pelo matemático e meteorologista Edward Lorenz. Em suas previsões sobre clima, gerada através de um programa que ele mesmo desenvolveu, Lorenz buscava economizar tempo, decidiu utilizar os outputs da primeira simulação como inputs para a segunda. No entanto, graças a um arredondamento computacional, entraram apenas os três primeiros decimais de uma seqüência numérica de seis. Com a revolução, veio uma surpresa. O padrão final obtido era completamente diferente ao alcançado mediante a versão original, com seis casas decimais.
Dessa forma, o meteorologista constatou que, mesmo tendo imputs muito próximos, as duas abordagens alcançaram resultados bastante divergentes. Tal fenômeno ficou popularmente conhecido como “efeito borboleta”. A diferença entre pontos inicias podem ser tão irrisória quanto a batida das asas de uma borboleta em meio à atmosfera. No entanto, por meio de mecanismos de alta sensibilidade, as asas da borboleta produzem uma alteração suficiente para fazer diferença sobre o panorama final. De modo alegórico, cientistas dizem que a borboleta voando em um extremo do planeta é perfeitamente capaz de montar ou desmontar um tornado no outro extremo.
Assim como ocorre na natureza, o movimento das ações é sujeito a cada conjunto de inputs. Logo, eventos financeiros aparentemente óbvios e previsíveis obedecem também à teoria do caos, e só surgem graças a condições muito particulares. O que pensamos ser simples e determinado torna-se complexo; surgem novas e perturbadoras interrogações a propósito de dimensões, previsibilidade e verificação ou falsificação de paradigmas. Em contrapartida, podemos desenhar certos caminhos inteligíveis para que o que era antes tido como completamente desconhecido, pois nem todos os fenômenos são criteriosamente aleatórios, ou desprovidos de estrutura e sentido. Na verdade, como incentivo, muitas vezes a leis comuns por trás de múltiplas manifestações.
Trazendo todo esse argumento para o nosso interesse maior, dizemos que a analise técnica pode traçar caminhos claros, principalmente se suas “leis comuns” forem reconhecidas como ligações entre notações matemáticas e interpretações humanas. Como dizia Eugene Paul Wigner, Nobel de Física em 1963, conceitos lógicos têm aplicação muito maior do que a dos contextos nos quais eles apareceram.
Basta ler algumas de suas frases clássicas: “talvez a matemática seja eficiente ao representar a linguagem subjacente ao cérebro humano”, “talvez os únicos padrões que percebemos sejam matemáticos”, ou “talvez não existam padrões reais, mas apenas aqueles que nós, de espírito fraco, nos impomos”.
Sem viés mirabolante, mas respeitando as ideias de Wigner, concluímos que a análise técnica de um determinado ativo ou derivativo não pode ser separada das interpretações vindas do mercado.O estudo do mercado nos fornece a vontade real da massa, o modo como as expectativas do investidores vão influenciar o preço do papel. Isso explica por que mudanças módicas no comportamento humano motivam alterações significativas na atmosfera financeira, passando da compra à venda, do upside à desvalorização.

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