Capitalismo: Reestruturação econômica e desenvolvimento.

Apud Ferreira ,Kátia.


Fonte: 
 
"As transformações recentes do sistema capitalista: reestruturação econômica e os paradigmas de desenvolvimento."
Material de Apoio didatico-pedagogico de Gestão Empresarial II – Orientador – Prof.MSc.Levi Pinto de Miranda Jr.
Capitalismo: Reestruturação econômica e desenvolvimento.
É fato que o capitalismo apresenta uma relação político-econômica, onde o ápice é o acumulo de capital, sendo este motivo a principal causa da produção de riquezas.

A definição de capital é distinta da definição de riqueza, sendo capital a acumulação do lucro e riqueza o próprio lucro. Ligada com a instabilidade econômica podemos citar as transformações organizacionais que abrangem a divisão social do trabalho e as transformações tecnológicas que visam às inovações técnicas, a utilização de equipamentos mais modernos.

O sistema capitalista nasceu na passagem da Idade Média para a Idade Moderna. Com o renascimento urbano e comercial dos séculos XIII e XIV, surgiu na Europa uma nova classe social: a burguesia.Nesta mesma época surgem também os banqueiros e cambistas, cujos ganhos estavam relacionados ao dinheiro em circulação, numa economia que estava em pleno desenvolvimento. Historiadores e economistas identificam nesta burguesia, e também nos cambistas e banqueiros, ideais embrionários do sistema capitalista : lucro, acúmulo de riquezas, controle dos sistemas de produção e expansão dos negócios.

O sistema capitalista foi divido em três períodos, onde o centro e a periferia desempenham diferentes funções e as estratégias de acumulação de capital eram:


  1. Capitalismo mercantilista (1500 – 1780)

A acumulação de capital se deriva de atividades comerciais e conquistas de territórios, sendo a periferia primordial ao fornecimento de matéria-prima.

  1. Capitalismo competitivo ou Industrial  (1780 – 1890)

A acumulação se dava pela mais-valia, ou seja, exploração de mão-de-obra assalariada, onde os operários não recebiam por tudo o que trabalhavam. Possibilitou a inserção da Revolução Industrial, junto da mão-de-obra provida dos camponeses.

  1. Capitalismo Monopolista (1890)

A acumulação se deu por meio do monopólio, onde empresas faziam acordos com outras empresas maiores e acabavam por possuir o domínio completo do mercado, livrando-se assim das concorrências. Nessa época surge também o truste e o cartel.



Os cartéis como foram definidos, nada mais é do que um esquema de combinação entre firmas, visando a limitar a concorrência. Alguns exemplos deste tipo de cartel é o mercado de cortes de cabelos, entrada em cinema, comércio varejista, e algumas outras formas de interação comercial.


Já o truste podemos definir como Oligopólio, pois se resume a fusão e incorporação de empresas envolvidas de um mesmo setor de atividades a abrirem mão de sua independência legal para constituir uma única organização, com o intuito de dominar determinada oferta de produtos e/ou serviços.



O sistema capitalista é o melhor sistema criado até os dias de hoje, ele tem sim seus defeitos. Um  dos defeitos principais é ser fonte da desigualdade social. Mas o sistema capitalista permite competitividade, permite o crescimento da economia e da sociedade, foi a partir dele que nasceu a globalização. Graças ao capitalismo estamos hoje na tão conhecida Era da Informação.


Problemática Espacial


 Apud  Ferreira ,Kátia.

  Em uma parte do artigo “Estado e planejamento urbano: tendências conservadoras entre o planejamento estratégico e a reforma urbana” é citado no campo da economia regional a problemática espacial, com a busca da compreensão das formas contemporâneas de organização e mudança do território.

O que proponho é uma reflexão diferenciada do artigo do Professor Adjunto Floriano José Godinho de Oliveira da UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

Turismo é a viagem feita por prazer a locais que despertam interesse, engloba um  conjunto de serviços necessários ao atendimento às pessoas que fazem esse tipo de viagem. Assim, gera múltiplas inter-relações de importância social, econômica e cultural.

A produção e o consumo do espaço para o turismo geram problemas ambientais. A produção do espaço enquanto paisagem é transformada diretamente quando as características naturais não permanecem intactas. O espaço acaba se tornando “mercadoria”, e para que essa mercadoria seja acessível ao público é necessário infra-estrutura, para a comodidade e conforto dos turistas. Desta forma, para que toda essa transformação ocorra é necessário que um grupo de agentes esteja interligado entre si.

Observe algumas citações retiradas do texto de RODRIGUES, Arlete Moysés. “A produção e o consumo do espaço para o turismo e a problemática ambiental” presentes no livro de YÁZIGI, Eduardo: “Turismo: espaço, paisagem e cultura”

 

Em síntese: O espaço do/ou para o “turismo” constitui uma mercadoria complexa pois ele mesmo é uma mercadoria.” (pág.56)

Todo turismólogo trabalha com a venda do espaço, nesse caso o espaço é a mercadoria.
Num espaço mercantilizado temos um conjunto de materiais (mercadorias) englobando desde lugares para descanso até meios de locomoção.

“As mercadorias que trazem “conforto” trazem os elementos destruidores da natureza “natural” a ser observada e muitas vezes apropriada (aos pedaços no sentido literal) pelos turistas. Apropriada aos pedaços porque, alguns, levam um “pedaço” da natureza para a casa.”

As mercadorias que trazem conforto muitas vezes destroem a natureza, só que isso não é levado em conta, por exemplo: ”Os turistas acabam levam lembrancinhas feitas com conchinhas, por exemplo. Ou até mesmo a própria conchinha (natural).

“O “bom” passa a ser o moderno e não mais o tradicional. Os turistas buscam a natureza, levando consigo até a água da cidade para beber, o rádio, a TV, e não mais a ideia original da natureza.” (pág.62)

O turismo passa uma ideia de descanso, saída da rotina, desconexão com o mundo. Quando as pessoas procuram por turismo na natureza espera-se que estejam a procura de uma forma diferente de passar o dia(s),semana(s) ou mês,trocando o viver moderno pelo tradicional.

Hoje é possível desligar-se do mundo moderno?Passar o dia sem celular, por exemplo, ou sem o computador? Para um jovem não.Para uma pessoa de negócios ,um professor,um vendedor , não. Concerteza a porcentagem de quem consiga ficar sem tais aparelhos é baixíssima. Agora e sem um rádio ou uma TV?
Impossível. Como o próprio parágrafo acima mostra , assim como o espaço, a tecnologia e nós mudamos constantemente. Tudo está em verdadeiro processo de mudança a todo tempo.
Um turismólogo tem que estar atento as mudanças. O consumo do espaço tanto dos produtores como dos consumidores não deveriam ser tão “destrutivo”. As estradas, edificações caba sendo uma necessidade para receber o público. O problema é que o público utiliza produtos descartáveis, produzem grade quantidade de lixo, e para onde vai todo esse lixo?Surge a idéia de sustentabilidade,reciclando,reutilizando esses materiais e outras formas de medida compensatória (MC) aos impactos ambientais causados.




Fonte:  
"Estado e planejamento urbano: tendências conservadoras entre o planejamento estratégico e a reforma urbana" 
Material de apoio didático-pedagogico de Gestão Empresarial II - Orientador-Prof. MSC Levi Pinto de Miranda Júnior

"A produção e o consumo do espaço para o turismo e a problemática ambiental"

Livro: Turismo: espaço, paisagem e cultura de Eduardo Yázigi.